terça-feira, 9 de abril de 2013

O Rouge está de volta! Relembre os sucessos e os fracassos do grupo.


Elas vieram de diferentes lugares do país, entraram de mansinho num reality show que nem os próprios donos da emissora tinham noção do sucesso que seria e se tornaram o maior fenômeno da música pop no Brasil e a única girlband de sucesso em terras tupiniquins.
Aline, Fantine, Karin, Patricia e Luciana formavam o Rouge, que saiu direto do programa "Popstars" para o topo das paradas de sucesso com o single "Não Dá Pra Resistir".


Depois de semanas consecutivas no topo das rádios, "Não Dá pra Resistir" foi se afastando pra dar espaço pra música que se tornou o maior fenômeno da história da música brasileira.


"Ragatanga" surpreendeu até mesmo ao produtor do grupo, Rick Bonadio, que cogitoiu a possibilidade de exclusão da canção do disco de estreia das meninas. A musica ficou por onze semanas consecutivas em primeiro lugar no país inteiro, e o CD das meninas alcançou a a marca de quatro milhões de cópias vendidas.






Logo após uma explosão de sucesso e dinheiro, vem a pressão para se manter na mídia. No meio dessa turbulência, "C'est La Vie" foi criado, inspirado no estilo musical zouk e, apesar de ter vendido um quarto do que venceu o seu antecessor, o álbum pode ser considerado um sucesso e é responsável pelo maior hit romântico das meninas, "Um Anjo Veio me Falar".


"C'est La Vie" pareceu ser a gota d'água para Luciana, uma das principais integrantes do Rouge, que alegou não se identificar com o trabalho proposto pelos produtores e abandonou o grupo em meio ao sucesso.

A banda sofreu pressão de todos os lados com a saída de Luciana. A quantidade mensal de shows caiu consideravelmente e as meninas pareciam meio perdidas. Isso ficou evidente no disco sucessor de "C'est La Vie".






"Blá Blá Blá" mostrou que a preocupação em manter a imagem de banda de sucesso foi maior do que a preocupação em fazer música de qualidade. O álbum é completamente perdido musicalmente, passando pelo rock, lambada e até axé. As composições românticas eram fraquíssimas, com a exceção de "Sem Você', que foi a mais bem sucedida do disco.


Em contrapartida, nunca foi feita uma arte tão bela para o encarte. E as primeiras cópias do disco foram comercializadas com um toque especial: as folhas do encarte levavam consigo um cheirinho delicioso de tuti-fruti. Mais uma tentativa (mal sucedida) de resgatar o público infantil que estava começando a se desligar da banda.

O gurpo tinha contrato com a gravadora para mais um álbum, e resolveu cumpri-lo, lançando o último disco da carreira do Rouge. "Mil e Uma Noites" trazia 6 faixas inéditas e 7 singles que fizeram sucesso nos lançamentos anteriores.


Mais uma vez, um trabalho fraco. O título do CD remetia ao som árabe e a dança do ventre, característica que só foi explorada em uma faixa: "Vem, Habib".


As outras canções inéditas de "Mil e Uma Noites" trazia o pop de sempre, mas com uma sonoridade mais adulta e sexy, como tentativa de conquistar o público adolescente, já que o infantil já tinha parado de escutar o Rouge. Mais uma tentativa falha. Este foi o CD com menos venda e a confirmação de que era hora das meninas seguirem seus caminhos individuais.





Hoje, as não mais meninas e sim mulheres do Rouge voltam, dez anos após a estreia com o disco fenômeno e prometem uma turnê pelo Brasil, depois da bela participação no reality "Fábrica de Estrelas", do Multishow. Duas novas músicas vão vir como teste para saber se a popularidade das meninas ainda é forte e, na certa, esse será o fator crucial que vai definir se um novo disco deve ou não ser lançado. Minha torcida é grande. Espero que a de vocês também!


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