Eles são encantadores. Cheinhos de sentimentos. Eu já declamei o meu amor pelo projeto de Pitty e Martin, intitulado "Agridocei", aqui no blog. A dupla conseguiu trazer algo inédito para a música brasileira: um folk nacional cheio de charme e sofisticação. Hoje me perdi nas letras de "Romeu", e "130 Anos". Resolvi compartilhar com vocês duas versões ao vivo.
"Esqueci minha boca no teu corpo, pensei que isso te faria meu. Usei de artifícios, gastei meus troques, depois quem escapou fui eu. Não pense que eu não desejei. Não diga que eu não quis. É só que eu me assustei ao me ver tão feliz. Colei os teus olhos no meu mundo, guardei cada passo teu. Mas eu, Julieta, presa nesse pacto, você o meu Romeu. Entenda esse lado bom, nem tudo é aflição. Ficamos com o sonho, ao invés da punição. Não pense que eu não desejei, não diga que eu não quis. É só que eu me apavorei ao me ver tão feliz.
"Caro é transformar-se num arremedo de si próprio a ponto de nem se reconhecer mais. Hoje eu tenho 130 anos, isso não estava nos meus planos. Você sabe, a desordem é tenaz. Tantos laços, tantas amarras, os controles, pretensões. Nada adianta se o vento não soprar. Esse vento sob minhas asas, eu não mando mais em nada. Sei que é alto, mas eu vou pular. O que todos vão dizer e aonde vão chegar? Nem os olhos podem ver. Decidi, eu não volto pra casa. O lar é o corpo e todas as palavras que a vontade conseguir pensar."
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