quarta-feira, 6 de julho de 2011

Clarice Lispector e MÚSICA!


Porque eu tava lendo Clarice Lispector. É impressionante o poder que essa mulher tem de fazer dos nossos defeitos virtudes. Ou seria o contrário? Bem, acho mesmo que Clarice nos faz lembrar de que somos todos humanos e errantes. Mergulhem em devaneios de Lispector e curtam uma canção da Jessie J que tem tudo a ver! Bom dia, leitores!

"Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade. Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. [...] Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura bastante ainda. Ou nunca serei."

(Clarice Lispector)


"Quando estou nervosa, eu tenho esse problema: falo demais. Muitas vezes, eu simplesmente não posso calar a boca. É como se eu precisasse dizer a alguém, qualquer um que escute. E é aí que eu estrago tudo. Eu esqueço as consequências, por um minuto eu perco os meus sentidos. E, no calor do momento, as palavras começam a fluir. Mas eu nunca quis te machucar, sei que vou aprender com o tempo a tratar as pessoas que eu amo como eu gostaria de ser tratada. E esta é uma lição a aprender..."

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